Um passo de gigante nas células estaminais
Um passo de gigante nas células estaminais
03 Março 2009
Medicina. Investigadores descobriram como fazer as células da pele retrocederem no tempo até ao estádio embrionário. A descoberta é duplamente promissora: não só abre as portas à terapia como evita a destruição de embriões
A terapia com células é cada vez mais plausível
Investigadores britânicos e canadianos descobriram uma maneira de criar um número quase ilimitado de células estaminais que podem ser usadas com segurança em doentes, evitando o dilema ético de destruir os embriões, dos quais elas são retiradas. As células estaminais têm a capacidade de se poderem transformar em qualquer tecido do corpo, uma particularidade que levou os cientistas a acreditar que podiam ser usadas para substituir órgãos danificados e tratar doenças como Parkinson e diabetes, entre outras.
A descoberta pode ter implicações de grande alcance, pois os cientistas encontraram um meio de reprogramar células da pele retiradas de adultos, fazendo-as retroceder no tempo até chegarem à sua forma embrionária.
A pesquisa, que foi destacada pelo jornal britânico The Guardian, está a ser encarada como um progresso notável pela comunidade científica, ao mesmo tempo que é saudada pelas organizações pró-vida, que até aqui condenavam a criação destas células para posterior destruição.